O melhor da QUINUA: Grão Sagrado
- By Jayananda Fran
- 29 de jul. de 2016
- 3 min de leitura
:.Originária das alturas dos Andes, esta planta que produz pequenas sementes, foi conservada por quechuas e aymarás, com suas 3.120 variedades. Há registros de que os Incas utilizavam-na desde 3000 a.C. Eles a denominavam como “grão mãe” e consideravam-na como um alimento sagrado. O declínio do seu cultivo coincide com o início da invasão espanhola, quando os alimentos autóctones (aqueles que são naturais/nativos de uma dada região - ex. indígena, aborígene, silvícola, ...), como a quinua e o amaranto, caíram progressivamente em desuso, sendo substituídos pelos grãos consumidos na Europa, como o trigo e a cevada.

Mas felizmente, a quinoa sobreviveu ao tempo e aos costumes, sendo novamente incorporada a alimentação, graças as suas incríveis propriedades nutricionais e funcionais.
Seus grãos ofertam todos os aminoácidos essenciais (aqueles que não são produzidos pelo organismo e devem ser obtidos pela dieta), sendo especialmente ricos em lisina (aminoácido essencial com funções importantes no desenvolvimento celular, relacionado também com as glândulas de reprodução; mas não muito abundante no reino vegetal) e também metionina (importante para funções do baço, pâncreas e fígado; aminoácido que contém enxofre, substância necessária para a produção do antioxidante natural glutationa). Aminoácidos sulfurados como a metionina (cistina e homocisteína), agem como uma esponja que aderem a toxinas, metais pesados (mercúrio, alumínio) e/ou radicais livres; evitando assim danos diretos às células do organismo.
Sua composição, com 23% de proteínas (sendo 20 aminoácidos, dos quais 10 são essenciais para a nutrição humana), confere a planta um elevado valor biológico, comparável ao leite e ao ovo. Assim, a quinua é considerada uma fonte proteica completa, sobretudo para vegetarianos e atletas.
A quinua ainda é rica em ômega 3 e 6, vitaminas A, E, B1 e B6, e minerais como o ferro, o fósforo e o cálcio, bem como é fonte de fibras.
Outra característica importante da quinua, é que apesar de altamente proteica, seus grãos não contém o glúten - proteína alergênica encontrada em outros cereais (como o trigo, cevada, centeio e aveia contaminada), podendo assim ser consumida por celíacos e pessoas com intolerância ao glúten.
A Quinua, junto a outros cultivos andinos (como o amaranto e a maca peruana), é considerada pela FAO (Food and Agriculture Organization) um dos melhores alimentos de origem vegetal, devido ao seu grande valor nutricional!!!
E desde que a NASA a incorporou ao seu cardápio básico, utilizando-a em viagens espaciais de longa duração, a Quinua vem sendo largamente divulgada e considerada um dos cultivos promissores para a humanidade!
Curiosidade: a Quinua também pode se chamada de Quinoa (devido ao seu nome científico Chenopodium quinoa W.) ou ainda Quínua, como é chamada em seu país de origem.
Como consumir?
A quinua está disponível de várias formas: em grãos, flocos, farinhas e em multi-misturas. Contudo, para aproveitar o seu máximo potencial nutricional, nada melhor do que consumi-la na íntegra & germinada! Para germinar, siga os mesmos procedimentos informados no post de Germinação.

Quinua germinada
E fique atento a algumas particularidades da Quinua: é importante lavar bem os seus grãos em água quente antes de consumí-los, pois a forma crua possui fatores anti-nutricionais que reduzem o valor biológico de suas proteínas.
Mangiando os Germinados de Quinua: basta esquentar água e colocar em cima do grão germinado deixando de 3 a 5 min (abafadinho), e já estará pronto para consumo!!! Pode-se adicionar um pouco de sal rosa do himalaia, ou outros tipos de sal, ervas frescas e temperos à gosto. Regar com um pouquinho de limão e azeite também fica delícia!!!

Buon Appetito :)
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