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O ATO DE COMER

  • By Fran Jayananda
  • 7 de ago. de 2020
  • 4 min de leitura

Mastigar algo pode ser uma forma de aliviar as tensões e lidar com as pressões cotidianas! Quem nunca se pegou abrindo a geladeira no meio da tarde só pra ver o que tem de bom?!! rsrsrs

Contudo, ficar beliscando nos intervalos das refeições pode se tornar um fator de sobrecarga ao organismo. Acarreta prejuízos à saúde: – interfere no processo digestivo, gera acúmulos de toxinas e predispõe ao consumo aumentado de calorias desnecessárias :( vishe)

Você já ouviu que se deve comer somente quando se tem fome?

Esta é uma indicação ayurvedica que considera a capacidade do organismo em metabolizar o alimento. A fome indica que há “fogo digestivo”, enzimas adequadas para uma boa digestão.

Contudo, um ponto importante consiste em distinguir SE esse SINAL do corpo é REAL, ou seja uma necessidade orgânica; ou se parte de um desejo, uma vontade de mastigar algo... preencher um vazio e mascarar alguma necessidade mais profunda.

Ponto de reflexão: por quê se está comendo, mesmo quando não há fome real...!?

Entender a linguagem do corpo é como ajustar a “sintonia fina” de percepção em relação a si próprio: reforça o conhecimento de si mesmo e fortalece o auto-respeito!

Por outro lado, comer em excesso pode se tornar um comportamento “auto-destrutivo”, que se manifesta também nas compulsões alimentares como a bulimia.

Comer o suficiente, sem culpa e sem peso, é um ATO DE AMOR... uma forma de amar-se!

Alguém que se ama come somente até o ponto em que o corpo se sente perfeitamente sereno, equilibrado e tranquilo; em que o corpo sente que não está pendendo nem para a direita nem para esquerda, mas está exatamente no meio.

Comer bem é uma arte, e não é apenas se empanturrar. É uma grande arte saborear a comida, cheira-la, tocá-la, mastiga-la, digeri-la como algo divino. Ela é divina, uma dádiva de Deus. Os Hindus dizes, Anam Brahma, a comida é divina” (Osho: Amor, Liberdade e Solitude)

Quando se come com TODOS OS SENTIDOS envolvidos (inclusive “com os olhos”), é possível captar melhor a nutrição sutil do alimento e sentir maior saciedade!

Estar presente ao comer é uma forma de evitar que o pensamento fique gravitando em torno da comida no restante do tempo. Comer no automático é como passar em branco aquele momento, e depois a vontade permanece - pois o alimento não foi completamente apreciado quando ingerido. Por isso ingerir alimentos em frente da telinha resulta em comer além da conta... quando se percebe, já foi tudo!

Lembrar que a satisfação também é algo estético!

Preparar o ambiente da refeição de forma aconchegante, decorar com capricho o prato e fazer boas combinações é uma maneira de alimentar todos os sentidos...pois também se "come" com os olhos!!

O alimento é uma parte essencial do modo como a sociedade se organiza e encara o mundo em que habita. Cada refeição é uma reafirmação de valores.

Somos o que comemos, mas também o que evitamos!

Lembrar que "tudo me é permitido; mas nem tudo me convém”. 1 Coríntios 6:12

Conhecer a si mesmo é um princípio básico. Conhecer como se dão os pensamentos... as sensações, percepções, sentimentos...

para escolher o que estimular (interna_mente) e o que desestimular!

Podemos educar nossos desejos, orientar nossas vontades (Monja Coen)

A diferença entre o remédio e o veneno também pode estar na dose (quantidade)!

Vontade de comer nem sempre é necessidade de se alimentar... perceber essa diferença pode ser uma chave!

E aquela fome que não passa???

Existe um tipo de fome chamada de “oculta”, que se esconde internamente e não se satisfaz com um bocado. É aquela FOME OCULTA que permanece como um vazio mesmo depois do estômago estar cheio, sabe?! A tal fome de algo que não se sacia com alimento. Remete a necessidades mais profundas a serem sondadas por meio de auto-observação!! É possível encontrar formas mais legítimas e verdadeiras de satisfazer esse "algo a mais", ao invés de buscar preencher com alimento.

FORMAS DE LIDAR COM A FOME_ e/ou com a vontade de comer:

- Ao primeiro sinal de fome, antes de comer beba um copo de água e espere mais alguns minutos para avaliar se realmente é fome...ou se o impulso passa;

- Se a forme persistir, prefira alimentos naturais na sua forma integral – uma fruta por exemplo, com fibras que aumentam a saciedade!

Alimentos muito pastosos que podem ser praticamente engolidos em segundos e mal fazem “cócegas no estômago”, costumam esconder calorias. Comida empacotada são como “cavalos de tróia” carregados de calorias vazias e pobres em nutrientes (fazem engordar, mas não alimentam de verdade as células).

- Tenha a mão algumas opções saudáveis que trabalhem sua mandíbula.

QUANTO MAIS SE MASTIGA MAIOR A SACIEDADE, e menor a ansiedade!

Experimente pedaços de maça com lascas de coco (uma combinação maravilhosa de sabor), ou banana assada com canela... e seja feliz dando substrato para sua Serotonina Intestinal!

- Coma mais castanhas, nozes e outras oleaginosas: além de saborosas, dão maior saciedade! São fonte de gordura saudável. Você pode fazer um mix de castanhas, amêndoas e passas (uva, gojiberry, blueberry, ameixa seca) e até sementes levemente tostadas, como as de girassol.

- Ocupe-se, faça atividades que tragam satisfação! Atitudes que alimentar o ser, que contribuam para aquele senso de dever cumprido, favorecendo a si mesmo e ao próximo.

------------------Movimentar o corpo traz boas sensações - prefira exercícios ao ar livre. Praticar yoga e meditação ajuda a acalmar os “vrittis” da mente e diminuir as compulsões!

- Alimente-se dos recursos da Natureza, como o sol, o ar puro... uma boa respiração profunda também preenche... assim como cultivar relações harmoniosas! Pisar descalço na terra é maravilhoso!!

 
 
 

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